segunda-feira, maio 28, 2012
PASSEIO
O JCSLS esteve neste fim de semana representado por Ildo e Sonia Nunes, no PASSEIO ACEGUÁ 2012 organizado pelo "Eco Passeio Familiar", evento que reuniu 9 veiculos 4x4 e que teve um percurso de 785 km dos quais 40% em Off.
Fotos e detalhes, estarão em breve no blog do "Eco Passeio Familiar":
http://ecopf.blogspot.com.br/
quarta-feira, maio 23, 2012
quarta-feira, maio 16, 2012
FRASE DO DIA:
"Quando você estiver diante de uma encruzilhada na estrada, não vire, siga em frente e descubra o que tem!"
R E U N I Ã O !!!
Prezados Associados;
É preciso que façamos uma reunião entre os membros do nosso JCSLS, os quais serão contemplados com uma agradável surpresa patrocinada pelos Postos Coqueiro.
É Hoje!! ás 19:30 h na Fazenda do Sobrado.
A idéia é nos encontrarmos para uma boa conversa, regada a carreteiro (coordenado pelo Maurício) com cerveja, vinho e refri!!!
Vamos providenciar o carreteiro, refrigerante e cervejas. Em relação ao vinho, cada casal pode levar uma garrafa!!!
Solicitamos que, na medida do possível, todos participem!
SOLICITAMOS confirmar disponibilidade de estar ou não presentes por meio do email do clube.
Renato e Carla
Divulgando:
AMIGOS!
Vem ai mais um grande evento do ECO PASSEIO FAMILIAR, organizado pelo parceiro e amigo Ricardo Leguisamo, grande entusiasta do fora de estrada, que sempre nos brinda com roteiros magnificos, além do clima de amizade, descontração e camaradagem que reina nos passeios.
Para maiores detalhes, acessem o blog ... http://ecopf.blogspot.com.br/
Uma boa pedida.
domingo, maio 13, 2012
DIA DAS MÃES
"O tempo passa, a vida passa, somente o amor de mãe persiste aos desafios impostos pelo tempo."
Deus um dia me disse:
Filho você está indo para o mau caminho e
eu respondi:
"Senhor, não se preocupe, estou de Jeep!".
3ª parte:
Os Jeeps
Pós-Guerra
Em 1948
os militares desejavam substituir os jeeps da Segunda Guerra Mundial ainda em
uso. Desde 1945 não era fabricado nenhum jeep. O jeep-padrão começava a dar
sinais de superação e um novo veículo era necessário, mas não havia dinheiro
para um projeto de tamanha envergadura. Devido as condições financeiras foi
decidido pela revisão do Jeep MB.
O modelo
revisado foi denominado de M38, que não era muito diferente do MB. A principal
modificação foi o aumento na capacidade de vadear águas profundas, para isto o M38 passou a contar com um sistema
elétrico a prova de água de 24 volts (no MB era de 06 volts), peças
especialmente vedadas e um sistema elevado de entrada de ar para o carburador.
Esta versão passou a ter os faróis maiores, destacados na grade frontal. A
grade frontal passou a ter 7 aletas de ventilação por causa do tamanho dos
faróis (os MB possuiam 9 aletas e faróis embutidos).
Em 1951 a
versão seguinte, M38A1, foi entregue aos militares. Era
mais robusto e tinha um motor de 75 HP (este motor foi chamado de Hurricane) e
corrigia deficiências do modelo M38. Foi produzido até o ano de 1963. Devido a
alteração do motor, este modelo sofreu uma alteração do capô deixando-o
parecido com os jeeps civis que podemos ver circulando em nossas ruas.
M38A1
Em março
de 1951 a Ford celebrou um contrato de pesquisa com o exército americano para o
desenvolvimento de veículos alternativos. Em 1959, após testes com diversos
protótipos foi entregue ao exército um veículo radicalmente mudado. Os estudos
foram realizados a partir das melhores características de operação do Caminhão
de Reconhecimento de ¼ tonelada, 4x4, utilitário (esta era a denominação do
Jeep dentro do exército americano). O visual do novo veículo foi reestilizado
para comportar tudo novo: mecânica, suspensão, parte elétrica entre outras
alterações. Nasceu assim o MUTT – Military Utility Tactical Truck ou M151. Este
veículo foi fabricado pela Ford e pela Kaiser Jeep de 1959 até 1970 quando
deixou de ser produzido pela constatação de um grave problema: seu sistema de
suspensão provocava muitas capotagens. Ainda existem muitos deste veículos em
uso em vários países, menos nos Estados Unidos, onde muitas unidades novas, 0
Km, esperam seu fim em desmanches militares. Atualmente o veículo padrão no
exército americano é o Hummer, que pode ser visto em diversos filmes atuais.
M151 - MUTT
O Jeep Civil
Antes
mesmo da guerra acabar a Willys-Overland percebeu que os populares veículos
Jeep poderiam servir ao mercado civil. A frase: “O Jeep em trajes civis”
aparecia com grande freqüência na revista da Willys-Overland e em anúncios de
jornais publicados durante e logo após a Segunda Guerra Mundial.
A
evolução do Jeep para o mercado civil tinha começado antes da vitória. Em 1944
foram desenvolvidos planos para se utilizar o Jeep na agricultura, pois o mesmo
teria sucesso garantido se usado como implemento agrícola, carro de trabalho,
puxador de peso e além disto levar a família à missa aos domingos. Com este
objetivo, 22 protótipos do veículo civil foram produzidos a partir do modelo
militar e receberam o nome de CJ-1 (Civilian Jeep).
A partir
destes protótipos foi lançado em agosto de 1945 o primeiro Jeep civil, o CJ2A
ao preço de US$ 1.090,00. Os anúncios proclamavam: “Uma usina de força sobre rodas”. Possuía uma porta traseira,
estepe montado lateralmente, faróis maiores, limpador de para-brisas
automático, tampa do tanque de combustível externas e outros detalhes não
disponíveis em seus antecessores militares. Em 1949, foi lançado o modelo CJ3A,
similar ao CJ2A, mas com uma transmissão e caixa de transferência mais robusta.
CJ2A
O modelo
CJ foi atualizado em 1953, para o modelo CJ3B. A carroceria do mesmo recebeu um
capô e grade dianteira mais altos para acomodar o novo motor de 4 cilindros
Hurricane F-Head, mais robusto que seu antecessor o popular “Go Devil”. No
Brasil este modelo devido a sua nova frente mais alta recebeu o simpático
apelido de “Cara de Cavalo”.
CJ3B – O “Cara
de Cavalo”
Em abril
de 1953, a Willys-Overland foi vendida para Henry J. Kaiser por 60 milhões de
dólares. A Kaiser introduziu em 1955 o modelo CJ-5, que possui o design de Jeep
mais conhecido por todos, pois foi produzido até a década de 80. Melhorias
constantes no motor, eixos, transmissões e conforto de assento, fizeram o CJ5 o
veículo ideal para o público. Além destes modelos ainda foram produzidos o CJ6,
conhecido no Brasil como “Bernardão”
que possuía uma distância entre-eixos de 101 polegadas (o CJ5 tinha 81 polegadas
entre-eixos) com opção de 04 portas e nos EUA ainda foram produzidos os modelos
CJ7 e CJ8, Scrambler, que era a mistura de um Jeep com uma pequena pick-up.
CJ5 – o último modelo produzido no Brasil
A marca
Jeep foi registrada em 1950 pela Willys-Overland, passou para a Kaiser, desta
para a American Motor Corporation e finalmente para a Chrysler. Recentemente
com a fusão da Daimler-Benz com a Chrysler, a marca ficou com a
Daimler-Chrysler com mais de 1.100 registros da marca Jeep em todo o mundo.
Este é
apenas um resumo da história deste valente veículo que serviu aos Aliados,
contribuindo para a derrota do Eixo e obtenção da paz no mundo (naquela época).
Coletado
e Transcrito por:
Ildo
Costa Nunes
Referências Bibliográficas:
- Jipe,
O Indestrutível - Denfeld e Michael Fry
sábado, maio 12, 2012
FRASE DO DIA:
"A diferença entre HOMENS e meninos é o
tamanho de seus brinquedos!”
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JEEP! A História...
2ª parte
Wiilys MB e Ford GPW
Sob a falsa alegação de que a
American Bantam Car Company não teria capacidade de produção e sua situação
financeira era delicada, o Corpo de Intendência do exército concedeu a
Willys-Overland Motors, Inc. em 23 de julho de 1941 o contrato para fabricação do
Jeep com um pedido inicial de 16.000 veículos.
O modelo Willys MA sofreu as
alterações solicitadas pelo exército e surgiu o novo modelo: Willys MB (Model “B”), agora com a
forma do Jeep como se tornou mais conhecido no mundo. Os primeiros MB, de 1941,
possuiam a grade dianteira feita com barras de aço soldadas, parecendo uma
grelha. Estes modelos ficaram conhecidos como Slatt Grill e foram fabricados
25.808 veículos, restando aproximadamente 200 unidades nos dias atuais.
Willys MB
Por volta de outubro de 1941, a procura pelo Jeep era tão grande que se
buscou uma segunda fonte para produção do veículo. Foi estabelecido um acordo
entre o governo americano e a Willys da seguinte forma: a Willys entregaria a
um segundo fabricante o projeto e as especificações do veículo, reservando-se,
no entanto, o direito de produzir pelo menos a metade das encomendas. Em 10 de
novembro foi determinada a fonte alternativa de produção: a Ford. Com o
contrato assinado em 10 de janeiro de 1942, a Ford começou a produção dos
15.000 GPWs (G - Government P - distância entre eixos de 80 polegadas
W - padrão Willys) da
primeira encomenda. Os Ford GPW são iguais aos Willys MB, pois eram fabricados
sob autorização contratual da Willys (daí o “W” do nome). Os primeiros modelos de ambas as marcas traziam o
logotipo do fabricante estampado na traseira, mas depois isto foi proibido pelo
exército (meados de 1942). A carroceria do Willys MB era fabricada pela ACM –
American Central Manufacturing, que mais tarde também passou a fabricar a do
Ford GPW.
A partir da metade de 1942 a Willys adotou a grade criada pela Ford, que
era feita em chapa de aço estampada, mais fácil de ser fabricada. Não foram
fabricados GPWs com grade de grelha, apenas Willys MB.
Apesar da exigência de padronização dos veículos produzidos pela Willys
e Ford, existem pequenas diferenças que permitem reconhecer cada modelo. O
chassis do Willys MB possue a barra transversal dianteira arredondada
(tubular), logo abaixo do radiador. No GPW esta barra era quadrada (perfil
retangular U invertido). O para-choque dianteiro do MB tinha apenas um buraco
no centro (para passagem da manivela de partida manual), enquanto que o GPW
possuía três furos, sendo um no centro (partida manual) e dois menores em cada
lado. As tampas dos porta-ferramentas localizados na traseira do veículo eram
lisas no MB e estampadas em alto relevo com um X nos GPW.
A produção do Willys MB e do Ford GPW foi até dezembro de 1945, com
pequenas diferenças ao longo do período em que foram fabricados. Foram produzidos
640.000 veículos.
O Jeep Anfíbio
Bem no início do desenvolvimento do Jeep, o exército também desejava uma
adaptação anfíbia do veículo. Mas as batalhas dos contratos e os problemas de
produção acabaram desviando a atenção desta área interessante. Considerava-se
que havia uma função valiosa para um pequeno anfíbio nos desembarques previstos
para a África do Norte.
Duas companhias foram encorajadas a produzir protótipos: a
Marmon-Herrington e a Ford. Neste ponto a história se repete, o fabricante
menor, depois de construir o melhor protótipo, foi excluído. O modelo-piloto da
Marmon-Herrington (QMC-4) foi
construído com a ajuda da Sperkman & Stephens, uma firma projetista de
barcos de Nova York, mas quem levou o contrato foi a Ford devido a “sua maior capacidade de produção”.
O Ford GPA (G - Government P - distância entre eixos de 80 polegadas Amphibian), não foi um sucesso como o seu irmão terrestre. O
desenvolvimento e testes do veículo foram feitos de forma apressada resultando
num veículo que acabou não agradando aos militares. Apesar disso foram
produzidas 12.778 unidades. O GPA, era
formado por um casco cercando um interior semelhante ao GPW e com uma saída de força para a hélice. O equivalente alemão do
GPA, o Volkswagen Schwimmwagen, apresentava desempenho bastante superior,
especialmente em terra, além disso era mais leve e mais curto.
Ford GPA
A origem do nome “Jeep”
De onde veio o nome Jeep?
Existem muitas teorias a este respeito. Muitos
acreditam que a pronúncia veio do anacronismo da sigla G.P (pronuncia-se gee pee), de General Purpose. Esta é a
origem mais aceita por ser uma racionalização conveniente.
Outra explicação de acordo com o Major E. P. Hogan em seu artigo na
revista Quartermaster Review de
setembro/outubro de 1941 é de que o termo Jeep era utilizado pelos mecânicos do
exército para designar qualquer novo veículo motorizado recebido para testes.
Interessante também é a alusão que o nome teria sido herdado em
referência ao personagem “Eugene, the
Jeep” da história em quadrinhos do marinheiro Popeye, de
1936. Eugene, the Jeep, era um pequeno animal com o poder de viajar entre as
dimensões e resolver todos os tipos de problemas. As semelhanças entre os
poderes de “Eugene” e os caminhões de ¼ de tonelada do exército são bastante
notáveis para que o nome fosse casualmente transferido para o veículo.
sexta-feira, maio 11, 2012
EXPEDIÇÃO
BRASIL-URUGUAI II
Amigos fanáticos por carros 4x4
de Florianópolis se preparam para repetir, 21 anos depois, uma expedição por
cidades do Brasil e do Uruguai. Detalhe: com os mesmos modelos de veículos
utilizados na ocasião. Apesar de a preparação ser realizada desde já, a saída
está programada para 13 de julho de 2012, a partir da capital catarinense.
A preparação começa agora, pois é necessário
realizar a manutenção dos carros que serão utilizados, além de um objetivo que
incrementa a diversão da aventura do ano que vem: "Queremos refazer todos
os contatos que tínhamos nas cidades por onde passamos em 1991", explica
Norberto Boddy, coordenador da expedição.
Se há 20 anos foram utilizados apenas um jeep
Willys 1951 e uma Rural Willys 1966, em 2012 irão se aventurar por praias e
trilhas, provavelmente, os veículos:
Ford GPW 1942, de
Joinville;
Willys CJ3A 1950 e Willys
CJ3A 1950, de Curitiba;
Willys M38 1951, Willys CJ2A 1947 e Willys CJ3A
1951, de Florianópolis e
Willys MB 1945 de Porto Alegre.
"Limitamos a oito veículos e o ano de
fabricação somente até 1952, último ano de produção do jeep modelo da Segunda
Guerra Mundial", explica Boddy. "Impusemos a utilização somente de
jeeps antigos para não descaracterizar a feição histórica", completa.
Serão percorridos 3.500 km, em 17 dias de viagem, e
o roteiro inclui cidades das serras gaúcha e catarinense, além do litoral do
Rio Grande do Sul e partes do Uruguai.
A ordem de municípios será: Angelina, Anitápolis,
Santa Rosa de Lima, Urubici e São Joaquim, em Santa Catarina; São José dos
Ausentes, Cambará do Sul, Torres, Mostardas, Rio Grande, Santa Vitória do
Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul; La Paloma, Punta Del Este, Montevidéu,
Colônia del Sacramento, Minas e Treinta y Tres, no Uruguai; volta ao Rio Grande
do Sul por Jaguarão, Pelotas, SÃO LOURENÇO DO SUL, Arambaré, Tapes, Porto
Alegre, São Francisco de Paula e Cambará; terminando em Santa Catarina por São
José dos Ausentes, Bom Jardim da Serra, Orleans, São Bonifácio, Águas Mornas,
São Pedro de Alcântara e Florianópolis.
Um dos veículos que será utilizado na expedição em
2012
A ideia partiu de Boddy, assim como em 1991.
"Naquele ano, tive a ideia depois de assistir a matérias sobre viagens ao
Uruguai. Faltava-me no currículo de aventuras uma viagem internacional",
conta. "Então, convidei alguns amigos para a viagem que, em sua primeira
tentativa, falhou, por falta de conhecimento nosso. Mas na segunda tivemos
êxito", explica.
"Eu estava me preparando para ir com meu jeep até
o norte do Chileno, mas resolvi redirecionar a viagem e instigar meus
amigos a sair da inércia e ressuscitar seus antigos 4x4", diz Boddy, sobre
a expedição, que terá alguns novos companheiros além daqueles que participaram
em 1991.
No caminho, segundo o coordenador, "há
bastante tempo para explorar os aspectos culturais, históricos e geográficos
dos locais visitados". Então, ao partirem em julho de 2012, os amigos
esperam, além de repetir a aventura, conhecer também outros amantes de jeeps,
de clubes brasileiros e uruguaios que já entraram em contato.
A Expedição Brasil-Uruguai 2012, que estara em
nossa cidade dia 26 de julho, sera recpcionada pelo Jeep Clube de São Lourenço
do Sul, que ja esta com as acomodações acertadas no Galpão Crioulo, onde sera
preparado um sucolento carreteiro bem a moda gaúcha, que só nosso
"Cheff" Dionelo sabe bem fazer!!!
CONVIDAMOS TODOS A SE FAZEREM PRESENTE.
quinta-feira, maio 10, 2012
JEEP! A história...
E nasce o Jeep
1ª Parte:
A
Primeira Guerra Mundial mostrou a necessidade de um veículo de reconhecimento
leve, rápido, para todo o terreno, que substituísse as tradicionais motos com
side car usadas por mensageiros. O Exército Norte-Americano, com o agravamento
da Segunda Guerra Mundial, lançou este desafio aos fabricantes de automóveis.
Em 11 de julho de 1940 foi enviado um pedido a 135 fabricantes para o
desenvolvimento de um veículo que atendesse as seguintes especificações:
veículo com tração 4x4, em aço estampado de fácil fabricação, capacidade para
03 passageiros e metralhadora .30, peso máximo de 600 Kg (depois mudado para
625 Kg), carga útil mínima de 300 Kg, potência de motor mínima de 40 hp,
velocidade máxima de no mínimo 80 Km/h, entre outras características.
O prazo
de entrega do protótipo era de 49 dias, e 75 dias para a entrega de 70
veículos. Somente a American Bantam Car Company e a Willys-Overland responderam
ao pedido do Exército. A Bantam foi a única empresa que entregou o protótipo no
prazo vencendo a Willys na concorrência. O protótipo da Bantam, o pequeno MK II,
foi entregue ao Exército em 23 de setembro de 1940 sendo submetido a duros
testes em mais de 5.000 Km de estradas não pavimentadas. A conclusão final dos
avaliadores foi: “este veículo demonstrou
amplo poder e todos os requisitos para o serviço.” A American Bantam Car
Company foi a empresa que criou o Jeep, ao contrário do que muitos podem pensar
atribuindo este fato a Willys-Overland.
Bantam MK II
Mesmo
com o protótipo da Bantam atendendo as exigências, o Exército incentivou a
Willys e depois a Ford a apresentarem seus projetos, pois desejava mais de um
fornecedor para produção em massa dos veículos. Para isto facilitou o acesso
dos engenheiros destas empresas para que estudassem o protótipo apresentado
pela Bantam. A Willys apresentou o seu modelo em 11 de novembro de 1940,
denominado de “Quad”. O veículo da Willys suscitou o interesse do exército e a
cólera da Bantam, pois o mesmo tinha aspecto visivelmente similar ao protótipo
apresentado pela Bantam. O protótipo da Ford chamado de Ford GP “Pygmy” foi
entregue em 23 de novembro de 1940. Visualmente os três protótipos eram
bastante similares. Os protótipos da Bantam, Willys e Ford tinham suas
particularidades. O veículo da Bantam tinha 920 Kg, estando acima da exigência
de peso do exército, mas era mais leve que o modelo da Willys com 1.090 Kg. O
“Quad” da Willys tinha como seu ponto forte o motor, que superava as
especificações do exército com seus 60 hp (o Bantam possuía 45 hp e o Ford 46
hp). Com os protótipos dos três fabricantes em mãos, o exército encomendou
4.500 veículos (1.500 para cada fabricante) com o objetivo de testar os mesmos
em condições reais. A exigência de 600 Kg foi revista e o peso do veículo foi
estipulado em 980 Kg.
Segundo o
Congressista I. F. Stone, a Ford estaria fazendo pressão junto ao Corpo de
Intendência para introduzir alterações, especialmente no peso, nas
especificações do Jeep. Segundo Stone a nova especificação de 980 Kg foi mudada
para conveniência da Ford e afirmou que fontes bem informadas do Departamento
de Guerra consideravam que o aumento de peso afetaria seriamente a utilidade do
veículo nas funções a ele designadas. Um funcionário da Bantam comentou
amargamente com Stone que teria que lastrear o carro com ferro gusa para
torná-lo suficientemente pesado.
O
modelo “Quad” da Willys necessitava de um “regime” para se enquadrar nas
especificações do Departamento de Guerra. Delmar “Barney” Roos, vice-presidente
e responsável pelo desenvolvimento do protótipo na Willys, estava com um dilema,
não sabia se devia ou não redesenhar o protótipo para se enquadrar nas
especificações de peso. O motor era muito precioso para ser mudado pois era o
ponto forte do protótipo. Com o auxílio de seus colaboradores o veículo foi
totalmente desmontado e o peso de cada peça foi avaliado para saber se podiam
ser substituídas por outras de material mais leve. Eles foram até o ponto de
diminuir o tamanho dos parafusos que eram mais longos que o necessário e
eliminar todo o excesso de metal existente. Após a remontagem do veículo o
mesmo pesava 200 GRAMAS a menos que
o peso estipulado.
Estes
4.500 veículos iniciais, cujo pedido foi aumentado no transcurso do prazo de
entrega como exigência da Lei de Empréstimos e Arrendamento, foram considerados
de pré-produção. O modelo de pré-produção da American Bantam foi chamado de BRC-40 (Bantam Reconaissance Car 1940) e foram construídas 2.605 unidades, existindo menos de 100
unidades atualmente. O veículo produzido pela Willys-Overland foi denominado de
Willys MA (Model “A”), com 1.553 unidades, restando
aproximadamente 30 veículos deste modelo. O modelo da Ford foi chamado de Ford GP, com uma produção de 4.456
unidades. Existe uma contradição em relação ao significado das letras GP.
Muitos dizem que significa: General Purpose (veículo de uso geral). Outra
corrente alega que foi um termo criado pelo departamento de engenharia da Ford
onde a letra “G” significa veículo de contrato do Governo e “P” para carro de
reconhecimento com 80 polegadas entre eixos. Restam ainda aproximadamente 200
unidades deste modelo.
Após a
entrega dos primeiros grupos de veículos pelas três empresas finalmente foi
possível realizar comparações úteis. Os testemunhos iniciais indicavam que os
Jeeps da Willys eram superiores em desempenho graças ao seu potente motor “Go
Devil”. Tinha a melhor aceleração e velocidade máxima de 118 Km/h com um
consumo de 32 a 38 Km por galão (com velocidade de 32 a 80 Km/h). O veículo da
Bantam, com seu aumento de peso perdeu em desempenho, mas ficou acima do modelo
da Ford. O Ford GP foi considerado melhor em questões que nada tinham a ver com
o desempenho tais como: a disposição da alavanca de mudança e do freio de mão,
faróis e conforto dos passageiros. Estas características refletiam a longa
experiência da mesma na produção de veículos de passeio.
Fazia-se
necessário introduzir melhoramentos em todos os três modelos e o exército
decidiu criar um veículo padrão. Foi selecionado o modelo Willys MA devido
as suas características superiores em termos de motor e chassi, incorporando
algumas características dos veículos da Bantam e Ford consideradas superiores.
A padronização era exigida para que todas as peças de todos os Jeeps pudessem
ser intercambiáveis, simplificando em muito a manutenção e o abastecimento de
peças de reposição.
O carro
da Willys-Overland que serviu de modelo para a fabricação de mais de 600.000
Jeeps durante a guerra foi designado como Willys MB Truck, ¼ Ton, 4x4, Command
Reconnaissance (Caminhão Willys MB, ¼ tonelada, 4x4, veículo de
reconhecimento).
Willys MA
Continuamos amanhã.
* Ao termino estaremos postando as "Referências Bibliograficas"
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